Operação Cadeia Velha

Presidente da Assembleia do Rio, Jorge Picciani se entrega à Polícia Federal

Picciani chegou sede da Polícia Federal às 16h43 acompanhado de seu advogado

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O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, resolveu se entregar à Polícia Federal, após a decisão unânime do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), pela sua prisão preventiva.

Picciani chegou sede da Polícia Federal às 16h43 acompanhado de seu advogado Nelio Machado, e não quis falar com a imprensa.

Além de Picciani, o TRF2 determinou também a prisão também dos deputados estaduais Edson Albertassi e Paulo Melo, todos do PMDB. Todos foram indiciados na Operação Cadeia Velha, deflagrada na terça-feira (14), pela Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal.

A operação apura um esquema criminoso que envolvia agentes públicos dos poderes Executivo e Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para lavagem de dinheiro, corrupção e evasão de divisas, em combinação com empresários do transporte e da construção civil.

Defesa de Picciani

Para o advogado Nelio Machado, que defende Jorge Picciani, a decisão do tribunal foi precipitada. "Por enquanto existe uma investigação. Meu cliente é inocente e o que está se usando é o instituto da delação, que foi muito mal copiado dos Estados Unidos e está sendo deturpado", disse Machado.   “O que se vê na decisão é que se toma como verdadeira toda a versão apresentada por pessoas que têm a condição de colaboradores, que em troca de vantagens contam histórias, muitas delas não verdadeiras.”

“Considero que foi uma decisão incorreta, do ponto de vista constitucional. Os tribunais acertam e erram. Eu acho que o tribunal errou. Ele não pode decretar uma prisão preventiva, ele pode, num caso de flagrante ou prisão, comunicar imediatamente. Criou-se uma situação anômala, que não tem previsão clara na lei de regência, nem na Constituição Federal nem na Constituição do Rio de Janeiro”, criticou Machado.

 

 

 

 

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