Outros 17 foram detidos

Presa em Porto Alegre, ativista Sininho é transferida para o Rio

Wadih Damous, da OAB-RJ, considera prisões uma "aberração jurídica"

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Presa na manhã deste sábado (12) em Porto Alegre (RS), sob suspeita de planejar atos de vandalismo em protestos, a ativista Eliza Quadros Pinto Sanzi, de 28 anos, mais conhecida como Sininho, foi levada ao Rio de Janeiro hoje à noite escoltada por policiais da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), agentes de elite da Polícia Civil. Segundo investigadores, interceptações telefônicas revelaram que a ativista seria mentora de ações violentas e teria negociado fogos de artifícios utilizados em manifestações.

Eliza foi presa na casa de seu namorado por policiais da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI). Sem algemas, a ativista desembarcou às 19h30 no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, zona norte do Rio. Sininho é umas das 26 pessoas acusadas no inquérito policial. Até o momento, 17 pessoas foram presas e dois menores de idade apreendidos.

A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio declarou hoje, por meio de nota, que, “considerando-se que uma manifestação foi convocada para amanhã, dia 13, as prisões parecem ter caráter intimidatório”. Já o ex-presidente da OAB-RJ Wadih Damous considerou as prisões “uma aberração jurídica”.

Em entrevista coletiva na tarde deste sábado (12), o chefe da Polícia Civil do Rio, delegado Fernando Veloso, afirmou que a quadrilha pretendia praticar atos violentos hoje ou no domingo. “Provas colhidas ao longo das investigações e hoje [sábado] evidenciam que esse grupo estava se mobilizando para praticar atos de violência”, disse Veloso.

Ele defendeu o direito à manifestação e afirnou que a polícia não vai interferir em possíveis protestos, como os que estão marcados para este domingo (13), na Tijuca, zona norte do Rio, mesmo bairro em que fica o estádio do Maracanã. Disse, no entanto, que a violência é inadmissível e que a polícia “não pode permitir o caos”.

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