Preconceito contra homens gays “afeminados” é estudado na UFMG

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“Não sou e não curto afeminados”. A frase comum em apps de relacionamento gay parece expressar que, dentre diversas situações de preconceito pelas quais homens gays passam por conta da sexualidade, há ainda aqueles que são condenados pelos trejeitos e modo de falar. Desde a infância até a chegada ao mercado de trabalho, eles são subjugados por não obedecerem à masculinidade predominante e serem considerados “traidores” dela, como comenta o doutorando em Comunicação Social da UFMG, Ettore Stefani de Medeiros.

Em sua tese de Doutorado, Ettore aborda crimes de ódio de motivação homofóbica que se dão em encontros a partir de aplicativos de relacionamento gay. A pesquisa é um desdobramento da dissertação de Mestrado dele, em que categorizou textos verbo-visuais presentes nos aplicativos Grindr e Hornet e os associou à construção de masculinidades. Ele destaca na entrevista a discriminação de gays afeminados por parte de outros homens gays em plataformas do tipo.

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O consultor de viagens Rafael Machado é homossexual e se considera afeminado desde criança. Para ele, que já vivenciou situações de preconceito no ambiente de trabalho, se alguém de sua convivência não consegue aceitá-lo da maneira que o é, então não deve fazer parte de sua vida. Pedro Paixão, estudante de Jornalismo da UFMG, sempre foi advertido por conta de sua feminilidade por membros da família e já chegou a ser depreciado, inclusive, por parceiros afetivos.

Serviço

Disque 100 – Ministério dos Direitos Humanos

Denúncia de casos que violem os direitos humanos, como a LGBTfobia – descrédito, opressão, discriminação e  violência contra a comunidade lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual e transgênero.

Ficha técnica vídeo Gays afeminados

Produção: Josué Gomes e Renato Temponi
Reportagem: Renato Temponi
Imagens: Cássio de Jesus
Edição de imagens: Kennedy Sena
Edição de conteúdo: Ruleandson do Carmo

 

Foto: Pixabay

Fonte: UFMG

 

Notícia publicada originalmente em www.brasilcti.com.br/pesquisa/preconceito-contra-homens-gays-afeminados-e-estudado-na-ufmg/

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