Fraude em licitações

Policiais federais são perseguidos por causa da Operação Esopo

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A Federação Nacional dos Policiais Federais tornou púbica uma nota de repúdio às perseguições aos agentes que trabalham na Operação Esopo, que revelou um esquema de fraudes em licitações no Ministério do Trabalho. Em nota publicada em seu portal, a Fenapef denuncia a criação de um ?relatório elaborado com motivação política que responsabiliza policiais de atrasarem a operação?.

A entidade sindical acusa a direção da Polícia Federal de controlar politicamente os rumos das investigações policiais. ?Em Belo Horizonte, o Inquérito Civil nº 247/2013 do Ministério Público Federal, já recebeu indícios de abusos da gestão da PF, na injustificável retirada de policiais federais experientes de setores especializados de análise criminal e inteligência policial, com prejuízos para a Operação Esopo?, denuncia.

A Fenapef alega que a intervenção da direção nas investigações, que acabaram com esquemas de corrupção no Ministério do Trabalho ajudaram a aumentar ainda mais o rombo de R$ 400 milhões de dinheiro público desviado. Isso porque as fraudes poderiam ter sido reveladas antes, se a direção não tivesse ?tirado policiais competentes à frente das investigações para atrasar a operação?.

?Qualquer atraso da Operação Esopo deve ser creditado à atual Administração da Polícia Federal, que persegue de forma arbitrária os policiais federais experientes e dedicados, que incomodam por irem às ruas lutar contra o sucateamento da Polícia Federal?, consta na nota.

A Operação Esopo já conseguiu derrubar quatro servidores no Ministério do Trabalho. O chefe da pasta, Manoel Dias, no entanto, é mantido no posto pela presidente Dilma Rousseff. Que já avisou que ?não há motivos para demiti-lo?. Na semana passada, o ministro pediu que fizessem um mutirão para levantar e analisar todos os convênios do órgão e evitar novas revelações fraudulentas.

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