PM ameaça motim

Policiais exigem 17% de reposição e podem se aquartelar, em Alagoas

Ameaça de aquartelamento pressiona por reposição acumulada

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Não satisfeitos com o anúncio da reposição salarial de 6,29% para os servidores estaduais, representantes das associações militares em Alagoas (Assomal, Assmal, Acs/AL, Assorpobom, Caixa Beneficente e Upm) ameaçam motim, exigindo que o governador Renan Filho amplie o percentual de aumento para 17,63%, para compensar as perdas decorrentes da inflação acumulada nos anos de 2015 e 2016. A decisão foi tomada em reunião na sede da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), na quarta-feira (14), dia seguinte ao anúncio festejado pelo Governo.

Diante da apatia dos sindicatos de categorias de servidores estaduais, que estão alinhados partidariamente governo do PMDB, as associações militares traçam os objetivos da campanha do reajuste salarial. E seus representantes entendem que agora é o melhor momento para demonstrar a força dos militares, utilizados frequentemente em peças publicitárias do governo que exaltam a queda de 16,6% nas mortes violentas em 2015.

Associações militares exigem reposição, após redução de crimes em 2015As categorias impedidas de fazer greve ou motim desde abril deste ano, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sinalizam a adoção de operação padrão ou aquartelamento. E o objetivo é contestar o aumento de 6,29%, que será dividido em 3,15% agora em junho e 3,14% em dezembro.

As expectativas dos militares são de um reajuste de 17,63%, porque Renan Filho concedeu, em 2015, apenas 5% de reposição, enquanto o percentual que deveria ser aplicado era de 6,4%. Naquele ano, a diferença foi de 1,4 ponto percentual não aplicado em relação às perdas salariais. E os militares ainda cobram aplicação integral do acumulado da inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA), em 2015, de 10,67%; e em 2016, de 6,29%.

“A primeira parcela do reajuste anunciada pelo governador Renan Filho representa, efetivamente, R$ 100, no bolso do soldado. Muito pouco para quem tem feito tanto pelo Estado de Alagoas. Espero sentar com o governo, ainda essa semana, com os demais representantes de classe, para discutir as pendências dos IPCAs não atendidas com o percentual anunciado pelo governo, bem como a correção na tabela de subsídio dos oficiais, que é promessa de aplicação do governo desde setembro de 2015. Além da agilidade na lei de promoção e reajuste das verbas de alimentação, diária e uniforme”, disse o presidente da Assomal, tenente-coronel J. Cláudio.

O oficial ressalta ainda que as associações estão dispostas a dialogar com o governo de Renan Filho, com franqueza e sinceridade, na luta travada pelas associações em busca da real valorização profissional dos militares.

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