Lava Jato

Polícia Federal investiga negócios de Lobão Filho com o Grupo Bertin

Foco é em pagamentos feitos pelo grupo Bertin, parceiro de Bumlai

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A Polícia Federal investiga pagamentos feitos pelo Grupo Bertin – envolvido no suposto esquema de financiamento ilegal do PT executado pelo pecuarista José Carlos Bumlai – para o ex-senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), filho do ex-ministro de Minas e Energia peemedebista Edison Lobão.

A força-tarefa da Operação Lava Jato apreendeu num dos escritórios da Bertin documento de cobrança, liberação de pagamento e oito notas promissórias de R$ 1 milhão cada, com vencimentos entre agosto de 2014 e maio deste ano.

"Documentos apreendidos mencionam pagamentos a Edison Lobão Filho, ex-senador da República. Trata-se de análise preliminar e que demanda maior apuração acerca de indícios de possíveis ilicitudes", registrou o delegado Filipe Hille Pace, da equipe da Lava Jato, em seu despacho de indiciamento do amigo do ex-presidente Lula preso desde o dia 24, alvo central da 21ª fase das operações, batizada de Passe Livre – referência ao acesso liberado que ele tinha no Planalto.

Defesas

O ex-senador Lobão Filho não foi localizado para comentar as investigações. O Grupo Dias informou que se pronunciaria, mas isso não ocorreu até o fechamento desta reportagem.

O criminalista Roberto Podval, que representa o Grupo Bertin, informou que "existiu de fato" uma sociedade com o ex-senador Lobão Filho em uma Pequena Central Hidrelétrica. Segundo Podval, o negócio "foi devidamente registrado e formalizado", mas acabou desfeito.

"Houve uma discussão arbitral quando da separação da sociedade. A discussão acabou provocando a separação da sociedade em uma pequena central hidrelétrica. O distrato ocorreu por causa dessa discussão em torno de valores", afirma o advogado. Podval observou, ainda, que todos os esclarecimentos serão apresentados em juízo.

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