Caso Amarildo

'Testemunha bomba' entrará para o programa de proteção

Terá proteção PM que confirmou tortura de Amarildo na UPP da Rocinha

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amarildoA Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro decidiram preservar a identidade e manter sob proteção o policial militar da UPP da Rocinha, no Rio de Janeiro, que virou “testemunha bomba” contra os colegas acusados de torturar e matar o pedreiro Amaril, em 14 de julho. Ele deverá ser beneficiado pelo instituto de delação premiada e, com sua família,deve ser  inscrito no programa de proteção à testemunha.

O PM trabalhava na noite do desaparecimento do pedreiro, e prestou depoimento entregando cinco outros PMs, além dos dez já indiciados e presos. Ele confirmou as conclusões da Polícia Civil de que o rapaz foi realmente torturado, testemunhando ter ouvido gritos de dor, agressões, barulhos de choques e ruídos de uma pessoa sendo asfixiada, durante cerca de quarenta minutos. O procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira, confirmou que mais PMs serão denunciados.

Após o depoimento do PM, a Polícia Civil retornou à Rocinha no fim da tarde desta segunda-feira (14), para uma nova tentativa de encontrar o corpo do ajudante de Amarildo, desaparecido desde 14 de julho. A testemunha contou que recebeu a ordem do tenente Luís Felipe Medeiros, comandante da UPP, para que todos ficassem dentro de contêiner e de lá não saíssem. Logo que entraram, passaram a ouvir os gritos reveladores da sessão de tortura. Após o silêncio, ele diz ter ouvido gritos  de que algo teria dado errado. Logo depois, o PM disse que foi ouvida uma movimentação na mata atrás do comando da UPP, o que motivou as novas buscas.

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