Fraude na previdência

Planalto demite assessor envolvido na Operação Miqueias

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A ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência (SRI), demitiu no início da noite desta sexta-feira, 20, o assessor especial Idaílson José Vilas Boas Macedo. Ele é acusado pela Operação Miqueias, da Polícia Federal, de atuar como lobista da quadrilha acusada de pagar propina a prefeitos para direcionar investimento de fundos de pensão municipais. Filiado ao PT, Idaílson foi nomeado para auxiliar Ideli Salvatti em março do ano passado. Como mostrou o jornal Estadão, Idaílson era o ?pastinha?, como são chamados os aliciadores do esquema.

Ontem, a Polícia Federal cumpriu em Brasília e outros nove estados mandados de prisão e de busca e apreensão com o objetivo desarticular duas organizações criminosas: uma envolvida com lavagem de dinheiro e a outra acusada de má gestão de recursos de fundos de pensão de municípios. Só no Distrito Federal, 16 pessoas foram presas, entre os quais o delegado da Dividão de Operações Aéreas, da Polícia Civil, Paulo César Barongeno, o agente Marcelo Toledo, a delegada Sandra Maria da Silveira e o doleiro Fayed Antoine Traboulsi.

A PF informou que investiga esse caso há um ano e meio, apurando lavagem de dinheiro por meio da utilização de contas bancárias de empresas de fachada ou fantasmas, abertas em nome de ?laranjas?. Segundo a polícia, havia um ?verdadeiro serviço de terceirização para lavagem do dinheiro proveniente de crimes diversos?. Durante a investigação, foram sacados mais de R$ 300 milhões de reais nas contas dessas empresas. Policiais civis do DF eram responsáveis pela proteção da quadrilha.

 

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