Crise econômica

PIB cresce 0,1% em 2014, pior desempenho de Dilma

Crescimento da economia brasileira em 2014 foi ridículo: 0,1%

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A economia brasileira pisou no freio em 2014. O Produto Interno Bruto (PIB), a soma do valor final de todos os bens produzidos, ficou praticamente estável e avançou apenas 0,1%, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Foi o desempenho mais fraco do primeiro mandato de Dilma Rousseff e também o pior desde 2009, auge da crise, quando o PIB caiu 0,2%. 

O PIB do quarto trimestre de 2014 cresceu 0,3% em relação ao terceiro trimestre de 2014, mas caiu 0,2% ante o mesmo período do ano anterior. O PIB per capita ficou em R$ 27.229 em 2014, com queda (-0,7%), em volume, em relação a 2013.

A indústria puxou o desempenho para baixo e recuou 1,2% no ano passado. A agricultura avançou 0,4% e o setor de serviços subiu, 0,7%.

Os investimentos recuaram 4,4% no ano passado, depois de terem avançado 6,1% em 2013. Segundo o IBGE, o resultado ocorreu por conta da queda da produção interna e da importação de bens de capital. O desempenho negativo da construção civil neste período, diz o instituto, também contribuiu.

Já o consumo das famílias, um dos motores da economia nos anos recentes, sofreu forte freio e saiu de uma alta de 2,9% em 2013 para avanço de 0,9% no ano passado – o menor desempenho desde 2003.

Liderada pelo economista Joaquim Levy, a equipe econômica do segundo mandato do governo Dilma Rousseff está promovendo um "freio de arrumação" no Brasil. 

O governo limitou os gastos dos ministérios e cortou investimentos, aumentou impostos e a taxa básica de juros (a Selic), além de liberar as amarras no câmbio. Tudo isso para reequilibrar as contas públicas, atingir a meta de superávit primário e manter o grau de investimento do País. A promessa é que, se tudo ocorrer como o esperado, a economia vai se aquecer já no fim de 2015 e fechar 2016 com crescimento, ainda que modesto.

Revisão. O IBGE revisou alguns dados sobre os PIBs de anos anteriores. O crescimento da economia de 2012 para 2013 foi de 2,5% para 2,7%. O órgão também informou que a alta do PIB em 2012 avançou de 1% para 1,8%.

A diferença é resultado da mudança no cálculo das Contas Nacionais, que passam a se adequar a recomendações internacionais, e da incorporação dos dados definitivos de 2011 como base, anunciados no último dia 11. Em novembro, o órgão publica as revisões definitivas para as contas anuais de 2012 e 2013. O trabalho de reformulação das Contas Nacionais levou três anos para ser concluído. (AE)

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