PGR vai pedir ao Panamá documentos da Mossack Fonseca
Mais de 57 brasileiros estão envolvidos com lavagem de dinheiro
O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, vai pedir às autoridades do Panamá informações sobre os clientes brasileiros da empresa Mossack Fonseca, especializada na abertura de empresas sediadas em paraísos fiscais.
Neste domingo, foram divulgados por diversos jornais pelo mundo mais de 11 milhões de documentos da empresa no esteio do escândalo "Panama Papers".
Embora as informações que vieram à tona com o vazamento tenham utilidade para o trabalho de inteligência, o pedido de cooperação da PGR é dirigido à Procuradoria panamenha para que papéis e dados novos da Mossack Fonseca possam ter validade como prova em ações penais no Brasil.
A força-tarefa da Lava Jato investigou o escritório brasileiro da Mossack Fonseca, em São Paulo, por conta da suspeita de que a panamenha estivesse ajudando o ex-presidente Lula a ocultar a verdadeira propriedade do tríplex do Guarujá. Mas seu nome não apareceu entre os clientes da empresa até o momento.
Empregados da empresa foram detidos no curso da fase Triplo X da Operação Lava Jato.
DE acordo com os documentos, ao menos 57 brasileiros estão envolvidos com lavagem de dinheiro.