Caso de Polícia

Ex-ministro interino do Trabalho ligado a Lupi foi conduzido à PF para depor

Os presos são ligados ao PDT e ao ex-ministro Carlos Lupi

acessibilidade:

Agentes da Polícia Federal deflagraram hoje a operação Esopo, em vários estados e no Distrito Federal, para investigar denúncia de corrupção no Ministério do Trabalho. Foram expedidos pela Justiça 49 mandados de prisão ou de busca e apreensão. O ex-ministro interino Paulo Roberto Pinto, hoje secretário-executivo do ministério, foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento na PF. Também foram presos Anderson Brito Pereira, assessor do ministro Manoel Dias (Trabalho), Geraldo Riesenbeck, coordenador-geral de Contratos e Convênio, e Antonio Fernando Decnop Martins, ex-CGU e atualmente na Funai.  Todos os presos são ligados ao presidente nacional do PDT e ex-ministro Carlos Lupi.

A PF cumpre 101 mandados judiciais, sendo 31 de prisão, 44 de busca e apreensão, 20 de sequestro de valores, bens móveis e imóveis, 25 de prisão temporária e 12 mandados de condução coercitiva. Os alvos são o Ministério do Trabalho, em Brasília, e  também no Instituto de Desenvolvimento do Norte de Minas Gerais (Idene), na Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas, e a sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

O Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC), entidade com sede em Belo Horizonte, é acusado de estabelecer convênios de fachada com o Ministério do Trabalho em onze estados, subtraindo dos cofres públicos mais de R$ 400 milhões em 10 estados e no Distrito Federal. O IMDC é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), constituída por empresas, pessoas físicas, agentes públicos, prefeituras, Governos Estaduais e ministérios do Governo Federal.

Em nota, a Receita Federal explicou que a operação Esopo é realizada conjuntamente pela Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União, na investigação de crimes como fraude à licitação, corrupção, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, dentre outros. As ações ocorrem simultaneamente nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco  Espírito Santo, além do Distrito Federal.

Reportar Erro