Tragédia em Mariana

PF indicia Samarco, Vale, VogBR, executivos e técnicos

Barragem do Fundão se rompeu em novembro e deixou 17 mortos

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A Polícia Federal indiciou a Samarco, a Vale, a empresa VogBR e mais sete executivos e técnicos por crimes ambientais provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, no dia 5 de novembro de 2015. Está sob investigação da corporação crimes ambientais relacionados ao rompimento da barragem, como a devastação do Rio Doce, que é um bem da união.

Com a tragédia, 17 pessoas morreram e duas ainda estão desaparecidas. O distrito de Bento Rodrigues foi destruído. A lama de rejeitos também afetou Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce. Os rejeitos também atingiram mais de 40 cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo.

Entre os indiciados do maior desastre ambiental do Brasil está o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi. Também foram indiciados o coordenador de monitoramento das barragens, a gerente de geotecnia, o gerente geral de projetos e responsável técnico pela barragem de Fundão, o gerente geral de operações, o diretor de operações, e o engenheiro responsável pela declaração de estabilidade da barragem em 2015 da VogBR – consultoria que emitiu o laudo em julho de 2015 atestando a estabilidade da barragem de Fundão.

De acordo com a Polícia Federal, eles foram indiciados por causar poluição em níveis que “resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora”, como previsto no artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais.

A Samarco afirmou, em nota, que não concorda com os indiciamentos. A Vale não vai comentar o caso. E a VogBR disse que, por enquanto, não iria se pronunciar.

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