Lava Jato

PF indicia Genu, braço direito do mensaleiro José Janene

Entre os crimes estão lavagem de dinheiro e formação de quadrilha

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A Polícia Federal indiciou nesta quarta-feira, 22, o ex-assessor do PP João Cláudio Genu, braço-direito do ex-deputado José Janene, morto em 2010, o sócio Lucas Amorim Alves, a esposa Cláudia Gontijo Resende Genu e o cunhado Antônio Gontijo de Rezende. Entre os crimes citados no inquérito estão formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Genu está preso desde 23 de maio, na Operação Repescagem, 29ª fase da Lava Jato.

A força-tarefa da Lava Jato afirma que Genu seria o responsável por receber a propina de contratos firmados no setor de Abastecimento da Petrobras e por distribuí-la. Da grana roubada, 60% ia para o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e 30% para parlamentares do PP.

A PF afirma que Genu integrou uma quadrilha formada pelos então deputados federais do PP José Janene (PR), Pedro Henry (MT) e Pedro Corrêa (PE).

“Após o cumprimento dos mandados de busca e de prisões, com a colheita dos termos de declarações dos investigados, foi melhor esclarecido sobre os integrantes deste subgrupo criminoso, que neste inquérito diz respeito à quadrilha formada pelos então deputados federais José Janene (PP-PR), Pedro Henry (PP-MT) e Pedro Corrêa (PP-PE)”, diz o relatório da PF, subscrito pelo delegado Luciano Flores de Lima.

De acordo com o documento, a organização também era formada pelo então diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef.

O juiz Sérgio Moro deu um prazo de cinco dias para que o Ministério Público Federal (MPF) apresente ou não a denúncia contra os indiciados.

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