PF deu bote certeiro na Operação Vassalagem em Cajueiro

A documentação apreendida na Operação Vassalagem, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em Cajueiro, na última sexta-feira (2), vai deixar muita gente em situação difícil. Investigadores não revelaram nomes, nem dos vassalos, nem dos senhores feudais. Mas o que é certo é que o bote foi certeiro.

A operação nascida do setor de inteligência da PF obteve o suporte institucional fundamental para revelar uma série de infrações penais e eleitorais, com o auxílio do Ministério Público Eleitoral (MPE) e da Justiça Eleitoral. Documentos oficiais confirmaram as suspeitas investigadas e teriam ampliado o rol de indícios de ilegalidades.

Foram cumpridas 13 medidas cautelares, sendo oito mandados de busca e apreensão na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social em residências de Cajueiro e cinco mandados de condução coercitiva, cujos alvos não tiveram nomes divulgados pelas autoridades.

Votos seriam trocados por terrenos, sacos de cimento, vaso sanitário, carro de mão, tijolos, exames de ultrassom, entre outros bens e serviços registrados em anotações atreladas a documentos oficiais e pessoais encontrados pela PF.

Os senhores feudais já se movimentam em uma infrutífera busca pelo livramento das consequências legais de seus atos. Mas a implicação deles nas ilegalidades encontradas em listas de cadastro de eleitores e relação de bens doados já indicam o encontro com a espada da Justiça como destino inevitável.