Lula?

PF destaca ‘Luis Inácio da Silva’ entre clientes de empresa de lobistas do PMDB

Ex-deputado Luiz Argolo, Odebrecht e GDK também aparecem na lista

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A Polícia Federal destacou em um relatório da Operação Lava Jato” o registro de “Luis Inácio da Silva” como um dos clientes da Partnes Air, empresa que mantinha contratos na Petrobrás ligada aos operadores de propinas do PMDB João Augusto Henriques e Jorge Luz e seu filho Bruno Luz.

Em nenhum momento, a PF diz que ‘Luís Inácio da Silva’ se trata do ex-presidente Lula.

Além de “Luis Inácio da Silva”, foram destacados no Relatório de Análise de Mídia Apreendida Nº 37/2016, do grupo de trabalho da Lava Jato da Polícia Federal, outros clientes da Partners como Luiz Argolo, o ex-deputado do SD da Bahia, preso desde 2014, a Construtora Norberto Odebrecht e a GDK SA, ambas alvos das investigações.

“Foi encontrado um balancete da Partners Air referente ao período de janeiro a dezembro do ano de 2013, no qual várias pessoas físicas e jurídicas aparecem como clientes”, informa o documento da PF, anexado no pedido de prisão dos lobistas Jorge e Bruno Luz.

No arquivo digital, há referência a “saldos”, “créditos” e entrada de valores”. “380,00D como saldo de 2012, com entrada desse valor em 2013”, registra o documento da PF.

Jorge e Burno Luz são suspeitos de terem operado pelo menos US$ 40 milhões em propinas no esquema do PMDB, dentro da Diretoria de Internacional da Petrobrás. Alvos da mais nova fase da Lava Jato, a Blackout, eles são considerados os mais antigos operadores de propinas na estatal. Os dois foram presos no dia 24, em Miami, nos Estados Unidos.

Relatórios da Receita Federal e do Ministério Público Federal (MPF) mostram a relação comercial comum entre os Luz e Henriques nas empresas Partners Air Serviço e Comércio de Produtos de Petróleo S.A. e Partners Comércio de Combustíveis Automotivos.

A Polícia Federal identificou em planilhas apreendidas com Henriques balanço da Partners que mostra que entre 2009 e 2011 ela recebeu R$ 15,92 milhões da Petrobrás. “Sendo geralmente devido por ‘Serviços de Tanqueio’”, informa o documento descritivo da planilha “BD Entradas”.

“Foi encontrada uma pasta do Excel contendo nove planilhas referentes a Fluxo de caixa que parecem se referir às contas da Hangar/Partners. Nesta pasta há uma planilha denominada “BD Entradas” de novembro de 2009 a outubro de 2011, cujo total de valores recebidos da PETROBRAS somou o montante de R$ 15.922.110,31.

Henriques foi preso em 21 de setembro de 2015, na Operação Ninguém Durma, a 19.ª. fase da Lava Jato – em fevereiro de 2016, o juiz federal Sérgio Moro o condenou a 6 anos e oito meses de reclusão pelo crime de corrupção em ação penal sobre afretamento do navio sonda Titanium Explorer pela Petrobrás. Em junho de 2016, Moro decretou nova ordem de prisão preventiva de João Henriques – que tinha relação direta com o ex-diretor de Internacional Jorge Zelada, preso desde julho de 2015.

Quebra. A Partners Air teve seu sigilo quebrado de 2005 a 2015 por ordem do juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Lava Jato em primeira instância, em Curitiba. Relatório de Informação 06/2017, do Ministério Público Federal, mostra que a BR Distribuidora – subsidiária da Petrobrás, responsável pela venda de combustíveis – foi a segunda maior fonte de recursos da empresa: R$ 5,39 milhões.

As ligações de Jorge e Bruno Luz e de Henriques com a Partners são por meio de outras empresas ligadas a eles. A Luz Participações e Eventos, da família dos lobistas alvos da Blackout, é uma das sócias da Partners. Henriques tem relação com a empresa por intermédio da Fortuna Tec Participações e Empreendimentos – que também tem elos com a GEA Projetos, de Jorge Luz. (AE)

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