Operação Aletheia

Petistas fizeram "limpa" no Instituto Lula antes de ação

Computadores e arquivos sumiram antes da ação, diz 'Época'

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A Polícia Federal descobriu ao entrar no Instituto Lula que o local foi “limpo” antes da deflagração da Operação Aletheia, 24ª fase da Lava Jato nesta sexta-feira, 4. O principal alvo desta ação é o ex-presidente Lula. A força-tarefa da operação acredita que o petista enriqueceu ilicitamente.

De acordo com a revista Época, a polícia não encontrou computadores e arquivos no cumprimento do mandado de busca e apreensão no local. “O instituto foi 'limpo' antes das buscas. Alguém se precaveu, escondendo o que podia”, diz uma fonte com acesso às investigações.

A revista relembrou que, em casos similares na Operação Lava Jato, esse tipo de obstrução serviu para que os investigadores pedissem a prisão preventiva do investigado. Quando o ex-diretor Paulo Roberto Costa, por exemplo, pediu às filhas para esconder documentos dos escritórios, essa foi a justificativa citada pela Polícia Federal para prendê-lo. O operador Guilherme Esteves de Jesus também foi preso quando foi localizado um vídeo em que a mulher dele saía pelos fundos da casa com material relevante para a investigação, pouco antes da chegada dos policiais.

Lula foi obrigado a prestar depoimento por mandado de condução coercitiva. Ele começou a ser ouvido por volta das 8h no Aeroporto de Congonhas e o interrogatório terminou pouco antes das 12h. O ex-presidente, familiares e aliados são investigados pela suspeita de que foram favorecidos por dinheiro desviado do petrolão.

Como mostra reportagem do Diário do Poder, o Instituto Lula e o PT aguardavam desde segunda-feira, 29, a ação da PF deflagrada hoje. Tempo suficiente para esconder os materiais necessários.

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