Operação Pausare

Para deputado a Operação da Polícia Federal no Postalis está atrasada

Mesmo assim, Rubens Bueno enfatiza que a operação 'é muito bem-vinda'

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O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR), autor do pedido que resultou na CPI dos Fundos de Pensão, disse, nesta quinta-feira (01), que a Operação Pausare da Polícia Federal, desencadeada hoje, “é muito bem-vinda para atacar esquemas de desvios de recursos previdenciários do fundo Postalis, mas infelizmente demorou muito”.

Desde que a CPI – instalada em 2015 – detectou ilegalidades, Bueno pede providências às autoridades para estancar o dano aos trabalhadores e para punir os responsáveis. A Pausare ocorre nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e Alagoas.

Bueno já havia criticado a demora da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) em intervir no Postalis, o que, na avaliação do deputado, acabou por aumentar o prejuízo do fundo. Os trabalhadores é que estão pagando pelo rombo resultante de más gestões, uma conta que elevou em 20% o valor da contribuição deles até o ano de 2040. A intervenção só aconteceu em outubro do ano passado.

Na Operação Pausare, são empregadas 62 equipes policiais que cumprirão cerca de 100 mandados de prisão. Segundo a Polícia Federal, a operação é consequência de várias auditorias de órgãos de controle encaminhadas pelo Ministério Público Federal. O déficit da Postalis é de R$ 7 bilhões.

“Surgiram muitas evidências e denúncias gravíssimas na CPI. Fatos tão graves já estavam  acontecendo, descobertos em 2015 pela comissão, que só posso concluir que a operação da Polícia Federal está atrasada”, afirmou Rubens Bueno.  Para o deputado, os desvios praticados no Postalis “são resultado do aparelhamento político empreendido pelo PT”.

Segundo o parlamentar, o Postalis está no vermelho desde 2010. “O que foi feito de 2015, quando as ilegalidades começaram a ser descobertas pela CPI, até 2017? Por que a Polícia Federal demorou tanto?”

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