Protesto em kiev

Opositores fazem passeata contra o presidente ucraniano Vicktor Ianukovich

Cerca de 200 mil manifestantes já estão reúnidas para pedir a demissão do presidente Viktor Ianukovich e a entrada na União Europeia

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A praça da Independência, em Kiev, capital da Ucrânia,  já reúne cerca de 200 mil manifestantes que pedem a demissão do presidente Viktor Ianukovich. A expectativa é que esse número possa dobrar ao longo do dia. Os protestos contra o governo começaram em novembro, quando a Ucrânia se recusou a assinar um acordo de cooperação com a União Europeia. A praça foi o marco da chamada revolução laranja, que em 2004 tirou do poder os aliados russos, abrindo espaço para uma administração pró-ocidentais.

Na última sexta-feira, opositores e representantes do governo tinham anunciado um acordo para investigar agressões praticadas contra manifestantes de protestos opcorridos nos disa 30 de novembro e 1º de dezembro, quando mais de 100 pessoas foram hospitalizadas, vitimas da repressão policial. A organização Human Rights Watch denunciou espancamentos, com golpes de bastão e pontapés, em manifestantes e jornalistas. O chefe da polícia ucraniana, Vitali Zakharchenko, admitiu hoje que integrantes do Ministério do Interior teriam usado força excessiva durante as manifestações da semana passada, ocorridas na praça da Independência , local onde os manifestantes fizeram um cerco e quase conseguiram derrubar uma estátua de Lenine,   e em frente ao Parlamento. Hoje a estátua está cercada por policiais.  Zakharchenko fez um apelo para que o protesto de hoje seja pacífico e também ressaltou aimportância de um diálogo entre oposição, classe política, jornalistas  e cidadãos para que se chegue a uma solução civilizada.

Apoiadores do Partido das Regiões, defensores pró-russos, do presidente Viktor Ianukovich, também organizam um ato de desagravo, que já conta com centenas de pessoas, segundo informações da agência Interfax-Ucrânia. Enquanto os opositores temem um afastamento dos valores europeus por conta da falta de um acordo de livre comércio com a União Europeia, a entidade não desistiu da participação do país e continua negociando a assinatura do pacto.

 

 

 

 

 

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