25ª fase de Lava Jato

Operador de propinas que estava foragido é preso em Lisboa

Raul Schmidt Felippe Jr subornou ex-diretores da Petrobras

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A Policia Judiciária portuguesa prendeu em Lisboa Raul Schmidt Felippe Junior a pedido da Justiça federal brasileira, na 25ª fase da operação Lava Jato. Ele tem dupla nacionalidade e é procurado pelas autoridades de Brasília, que emitiram uma carta rogatória com vista à sua detenção. Estava foragido desde julho de 2015, quando foi expedida a ordem de prisão. Seu nome havia sido incluído no alerta de difusão da Interpol em outubro do ano passado.

Ele é suspeito de envolvimento em pagamentos de propina a ex-diretores da Petrobras, segundo o Ministério Público Federal. Raul Schmidt vivia em Londres, onde tinha uma galeria de arte, mas se mudou para Lisboa no início da operação, onde mora num apartamento avaliado em três milhões de euros, registrado em nome de uma offshore da Nova Zelândia.

Raul Schmidt Felippe Junior ficará detido em Lisboa, enquanto as autoridades portuguesas avaliam o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro. De acordo com a assessoria do Ministério Público Federal em Curitiba, a expectativa é que a decisão saia em dois dias. "Eles pediram que fosse decidido em 48 horas, como ele estava foragido, para que ele venha para o Brasil o quanto antes", disse o MPF.

Segundo o portal português Diário do Notícias, Schimidt deve ser ouvido pelo Tribunal da Relação de Lisboa antes da decisão final do juiz responsável.

Schimidt é alvo da 10ª fase da operação e é tido como sócio de Jorge Luiz Zelada, que está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, no Paraná. As investigações também apontam que ele é suspeito de envolvimento em pagamentos de propinas à Zelada, Renato de Souza Duque e Nestor Cerveró. Os dois últimos também estão presos no Paraná.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão envolvendo o investigado, mas os locais não foram informados pelo MPF. O nome de Raul Schmidt já tinha sido incluído no alerta de difusão da Interpol em outubro do ano passado.

Além de atuar como operador financeiro no pagamento de propinas, Schimidt aparece como preposto de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da estatal, de acordo com o MPF.

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