ILEGALIDADE DE GRIFE

Operação Polhastro mira sonegação de mais de R$ 100 milhões em Alagoas

MP de Alagoas combate crimes contra administração pública

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O Ministério Público Estadual de Alagoas (MP/AL) coordenou, na manhã desta terça-feira (26), a Operação Polhastro, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar documentos públicos e privados e cometer ilícitos como sonegação fiscal, lavagem de bens e falsidade ideológica. Foram cumpridos dezenas de mandados de prisão, de condução coercitiva e de busca e apreensão. E o prejuízo teria sido de mais de R$ 100 milhões.

Segundo o MP, a empresa Griffe do Frango é o principal alvo da Polhastro, e teve o casal de proprietários e um gerente presos, pela acusação de ter provocado a maior parte dessa fraude que causou um prejuízo milionário ao Tesouro estadual. Por enquanto, ficou constatada a participação de 20 empresas e 45 pessoas no esquema.

Promotor Cyro Blatter no foco da operação: a Grife do Frango (Ascom MP)No total, foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva, 16 mandados de condução coercitiva e oito mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. Tais mandados foram contra a principal empresa envolvida no esquema, as 19 que servem como laranjas, os seus sócios e os responsáveis pela fraude fiscal.

Na casa do gerente da Grife do Frango, no Farol, foram encontrados um revólver de calibre 38, munições de fuzil 762 , de 12 e de .45. E a 17ª Vara também determinou o bloqueio de bens dos envolvidos. E os detidos foram encaminhados ao Gaesf para prestar depoimento.

A operação contou com parceria da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Polícias Civil e Militar.

TESTAS-DE-FERRO

A ação foi coordenada pelo promotor Cyro Blatter, que comanda o Gaesf (Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos do MP). Segundo ele, o trabalho de investigação durou quatro meses e os alvos são empresários que podem ter causado um prejuízo milionário aos cofres públicos, em função do não recolhimento de impostos e de transações irregulares.

“Já descobrimos, dentre outras coisas, que alguns dos verdadeiros donos das empresas usaram testas-de-ferro e laranjas para tentar despistar o Ministério Público, a polícia e a Sefaz. O que os suspeitos não contavam é que nosso método de apuração conseguiria chegar até eles”, disse Cyro Blatter.

Polhastro, nome espanhol dado à operação, faz alusão a duas coisas: alguém que é considerado ‘espertalhão’, que tenta tirar vantagem sobre alguém ou alguma coisa, e também significa frango grande.

Mais informações serão repassadas à imprensa numa entrevista coletiva que será realizada às 16h, no prédio sede do Ministério Público, no bairro do Poço. (Com informações da Comunicação do MP de Alagoas)

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