Menos casas

Obras do Minha Casa Minha Vida recuaram 75% em Alagoas

MCMV não contratou em faixa de menor renda no 1º trimestre

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O programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, foi alvo de uma retração de 75% no primeiro trimestres deste ano de 2017 e estancou em Alagoas. O dado é confirmado pelo fato de o Estado não ter recebido nenhuma das 1.850 unidades contratadas no País para a faixa 1, nos primeiros três meses do ano.

A faixa 1 do programa habitacional federal que teve resultado zero em Alagoas é justamente a destinada às famílias de baixa renda, com limite de até R$ 1.800 de renda familiar mensal. Além disso, as dívidas do programa atingem 22,9% do total de mutuários, sendo mais graves na faixa 1, na qual um a cada quatro trabalhadores alagoanos têm em débito com o Governo Federal.

Retração zerou contratações de casas para menor faixa de rendaOs dados foram obtidos pela Gazeta de Alagoas junto ao Ministério das Cidades. E dão conta de que, no primeiro trimestre do ano passado, já haviam sido contratadas 114 unidades para a faixa 1 no Estado, no valor total de R$ 3,481 milhões.

De acordo com a reportagem de Herbert Borges, o ministério informou que, nesse primeiro trimestre, os números apresentam queda também nas contratações para as faixas 2 e 3, na comparação com o mesmo período do ano passado. Mas é na faixa 1 que o governo subsidia 90% do valor do imóvel e os outros 10% são de responsabilidade do contemplado.

Houve retração de 67% na faixa 2 do Minha Casa Minha Vita, com a contratação de apenas 450 unidades, no 1º trimestre de 2017, enquanto no mesmo período do ano passado já haviam sido contratadas 1.333 unidades. 

O maior recuo, de 90%, foi na faixa 3 do programa, que contratou apenas 45 unidades, nos primeiros três meses deste ano, enquanto 465 foram contratadas no mesmo período do ano passado. A retração de 75% é o resultado da soma dessas três faixas.

A realidade do programa piorou para os alagoanos mais pobres, que não foram beneficiados com a ampliação do teto da renda da primeira faixa, quando, em fevereiro deste ano, novas regras anunciadas pelo Governo Federal para o programa aumentaram o teto do valor dos imóveis a serem financiados e ampliaram o limite de renda, permitindo o acesso das famílias mais abastadas ao financiamento.

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