Lobista de luxo

OAS revela que pagou 'palestras' de Lula em troca de 'ajuda' no exterior

Delação da OAS liga Lula a tráfico internacional de influência

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Em depoimento de delação premiado descartado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ex-presidente executivo da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, afirma que usou o ex-presidente Lula como uma espécie de lobista, contratando suas “palestras”  para “influenciar” autoridades em outros países a contratar a empresa. Em inquérito aberto pelo Ministério Público do DF, Lula é investigado exatamente por tráfico internacional de influência.

A revelação está publicada na revista Veja que circula neste fim de semana, sobre as revelações que foram descartadas pelo chefe da Procuradoria Geral da República ao anular o acordo de delação premiada de Pinheiro, utilizando como pretexto o vazamento dos seus termos supostamente pelos advogados de defesa.

O delator, diz a revista, detalha a contratação de uma palestra em Costa Rica no valor de 200 mil dólares. O pagamento teria resultado em encontro, em 2011, com a presidente do país, Laura Chinchilla. A OAS agora lidera o consórcio que realiza a mega-obra da hidrelétrica Balsa Inferior, naquele país.

O quarto anexo do depoimento, citado por Veja, detalha como a OAS pagou, após solicitação d4 Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, a guarda de bens pessoais do ex-presidente Lula. O pagamento teria como objetivo garantir a “ajuda” de Lula em negócios da empreiteira no exterior.

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