Desagravo a Tuma Júnior

OAB-SP promove desagravo a Romeu Tuma Júnior contra ação da PF

Ação contra autor de 'Assassinato de Reputações' foi em 2014

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A seccional pauista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realizará nesta segunda-feira (7) uma sessão solene de desagravo ao ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior, que foi alvo de mandado de condução coercitiva após o lançamento do seu livro "Assassinato de Reputações", em que denuncia casos de perseguição a críticos e adversários do governo Lula, inclusive por meio de operações da Polícia Federal.

A sessão solene de desagravo, marcada para as 14h na sede da OAB-SP (Rua Maria Paula, 35 – 3º andar), foi decidida pela Comissão de Direitos e Prerrogativas de OAB. Em nota que distribuíram sobre o evento, os presidentes da seccional, Marcos da Costa, e da comissão, Cid Vieira de Souza Filho, afirmam que Romeu Tuma Júnior foi ofendido em suas prerrogativas profissionais pelos delegados Fabrizio Galli e Fernanda Costa de Oliveira, da PF. Na sessão, o conselheiro da OAB Leonardo Massud fará um discurso sobre os fatos.

Em seu livro, publicado pela editora Topbooks, Romeu Tuma Júnior denuncia manipulação da investigação para envolver o governo de São Paulo e o PSDB no caso do cartel de trens em São Paulo, além da elaboração de falsos dossiês para incriminar o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo, e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Tuma Junior também denunciou em "Assassinato de Reputações" uma armação para manchar a reputação de Ruth Cardoso, falecida mulher do ex-presidente FHC e uma operação para grampear todos os ministros do Supremo Tribunal Federal.

Ex-secretário nacional de Justiça, o delegado aposentado Romeu Tuma Júnior testemunhou, em entrevista à revista Veja, que enquanto esteve no cargo, no governo Lula, "recebi ordens para produzir e esquentar dossiês contra uma lista inteira de adversários do governo", mas afirmou que sempre se recusou a isso. "O PT do Lula age assim. Persegue seus inimigos da maneira mais sórdida. Havia uma fábrica de dossiês no governo." Ele acha que por se recusar a fabricar acabou virando vítima da mesma máquina de difamação.

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