OAB-SE defende conclusão das obras do Canal Xingó no Rio São Francisco
O Canal de Xingó está localizado entre os Estados de Sergipe e Bahia
Em um debate sobre as potencialidades, a concepção técnica e as perspectivas do Canal Xingó, o presidente da OAB-SE, Henri Clay Andrade, defendeu a indispensabilidade da união da classe política e da sociedade civil organizada para a concretização das obras do Canal. “Esse deve ser um legado da classe política”, disse. Segundo o presidente da entidade, é imprescindível efetivar um projeto de redenção do povo sergipano e de desenvolvimentos econômico e social. “O Canal Xingó é um sonho acalentado há décadas pelo povo sergipano. É urgente e fundamental a união de todas as vertentes políticas partidárias e ideológicas em torno de um projeto que beneficia a todos”, considerou.
O Canal de Xingó está localizado entre os Estados de Sergipe e Bahia, englobando os municípios de Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre de Sergipe, Paulo Afonso e Santa Brígida, na margem direita do rio São Francisco.
Na ocasião, Henri Clay assinou o termo de instalação do Fórum Permanente de Convivência com a Seca – Canal Xingó, instituído pela Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe em parceria com a OAB-SE. O Fórum Permanente colocará em discussão as questões relacionadas ao assunto e aglutinará mobilizações e esforços para a aprovação e implantação do projeto.
De acordo com especialistas, há três estudos de alternativas para a implantação do projeto: duas alternativas distintas são com captação no reservatório de Xingó e uma no reservatório de Paulo Afonso. As concepções técnicas do Canal consistem em um sistema adutor principal gravitário; a captação no reservatório de Paulo Afonso; a vazão máxima de 36,25 m³/s; etc.
Projeto de aproveitamento múltiplo de recursos naturais em terras dos municípios de Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora da Glória, no Estado de Sergipe e Santa Brígida e Paulo Afonso, no Estado da Bahia.
A fase atual do projeto é de viabilidade, a qual está inacabada face contingência orçamentária. A elaboração do projeto básico deverá ser precedida de levantamentos básicos complementares de pedologia e de cartografia, os quais dependem da alocação de recursos para sua licitação.
O empreendimento se propõe a promover, na região semi-árida do leste baiano e oeste sergipano, condições de sustentáveis de desenvolvimento e de convívio com os recursos naturais ali presentes, tendo por base a água disponibilizada por um canal de adução com cerca de 310km de extensão, com tomada d’água no reservatório de Paulo Afonso, desenvolvendo-se gravitariamente por todo o percurso até o município de Nossa Senhora da Glória.
Os benefícios do projeto advêm de atividades produtivas concebidas que incluem o fortalecimento da pecuária leiteira, desenvolvimento da agricultura irrigada, agroindústrias, apicultura e piscicultura, além da exploração do potencial turístico proporcionado pela região do cânion do São Francisco.