CPMF na mira

OAB critica suposto aumento de impostos pelo governo

Ministro do Planejamento nega retomada da CPMF aos brasileiros

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A Ordem dos Advogados do Brasil discute formas de combater a suposta iniciativa do governo de aumentar impostos. Segundo o presidente da OAB, Claudio Lamachia, 'o ministro da Fazenda já ventilou, em 2016, a possibilidade de recriar a CPMF'. Segundo ele, 'agora, mais uma vez, o governo usa o aumento da carga tributária como solução mágica para os problemas do país'.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou em coletiva de imprensa na semana passada que a retomada da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não é uma possibilidade discutida no governo federal, mas não descartou o aumento de outros tributos. "Ainda estamos estudando quais impostos podem ser elevados, mas a CPMF não é um deles", disse.

Oliveira reconheceu que a elevação de taxas é uma medida que pode ser necessária, em virtude do rombo de R$ 58 bilhões no orçamento de 2017, e está sendo discutida pela equipe econômica do governo. "Estamos fazendo todo o esforço para que não haja aumento de impostos. Essa é a última opção."

Segundo o representante da OAB, 'a responsabilidade por erros de gestão e ineficiência não pode sempre ser jogada sobre os ombros das cidadãs e cidadãos, que já arcam com uma das carga tributárias mais elevadas do mundo, sem que o Estado ofereça serviços públicos em qualidade razoável'.

"É falaciosa a alegação de que a criação e o aumento de impostos são medidas necessárias para atingir a meta fiscal. O que é preciso é usar com mais eficiência o dinheiro que já é arrecadado. Devemos lembrar também que a carga tributária já foi aumentada, uma vez que o governo se recusa a reajustar a tabela do Imposto de Renda. Dessa forma, milhares de pessoas que deveriam ser isentas pagam o IR. E outras milhares pagam mais do que deveriam pagar", explicou Lamachia.

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