OAB-DF cobra apurações da PM sobre capitão Bruno Rocha

A arrogância do capitão do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que espirrou sprays de pimenta sem motivo nos manifestantes, pode ficar impune. O comando a Polícia Militar entendeu que não houve excessos por parte do oficial. Para reverter o quadro, a Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal enviou na tarde desta segunda-feira (9), a dois ofícios cobrando apurações.

Assinado pelo presidente Ibaneis Rocha, o primeiro pedido é encaminhado ao comandante da Polícia Militar Jooziel de Melo Freire, que defende a ação arbitrária do capitão durante a ação repressora no 7 de Setembro. A outra carta é entregue à Corregedoria da Polícia Militar, responsável por investigar a má conduta dos policiais.

Com os ofícios, a Ordem pretende mudar o cenário já exaltado pelo capitão Bruno, quando, durante as manifestações, pediu que os ativistas manifestassem insinuando não temer nenhuma represália com a má conduta dele. Mais cedo, o comandante Jooziel havia informado ao jornalista Cláudio Humberto, em entrevista à BandNews, que iria apurar as denúncias, mas não acreditava em excessos.

Jooziel chegou a dizer que as imagens em que o capitão aparece mostrando arbitrariedade eram editadas. No vídeo, Bruno diz claramente que os manifestantes podem denunciar e ainda frisa que jogou sprays de gás ?porque eu quis?. Jooziel alega que o capitão sofreu provocações.

Um ato contra o capitão Bruno Rocha está marcado para a próxima quinta-feira (12), às 18h30, na sede do 1º Batalhão de Polícia Militar, no Setor de Áreas Isoladas 4, na Asa Sul.