Esquema de propina

Nova fase da Operação Drácon leva assessores para depor sob vara

Sandro Vieira e Alexandre Braga são alvos de condução e busca

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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagrou na manhã desta segunda-feira (17) a terceira fase da Operação Drácon, que apura esquema de cobrança de propina para aprovação de uma emenda destinada a pagamento de empresa na área de saúde. A Drácon 3 cumpre hoje mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva em endereços dos servidores da Câmara Legislativa Sandro Vieira e Alexandre Braga Cerqueira.

Esta etapa está relacionada à suspeita de que os servidores, ligados a membros da Mesa Diretora da Câmara afastados por decisão judicial, teriam ocultado provas importantes antes da deflagração da primeira etapa da Drácon. O objetivo seria obstruir as investigações.

Os dois funcionários foram flagradas pelo sistema de câmeras de segurança da Câmara retirando caixas de documentos e equipamentos no mesmo andar onde funcionam os gabinetes da Mesa Diretora, conforme revelado pelo Diário do Poder.

Alexandre foi flagrado pelas câmeras no dia 20 de agosto, um sábado, às 10h30, e Sandro no dia 22 de agosto, véspera da operação, por volta das 6h da manhã. A Operação Drácon foi realizada em 23 de agosto.

A Câmara Legislativa negou que os servidores teriam saído com material da CLDF, mas a Polícia Civil não teve acesso ao livro de entrada-saída, naquela época.

Sandro Vieira era braço direito de Celina Leão, afastada da presidência. Em 2005, na CPI da Educação, Sandro chegou a ser indiciado por sonegação fiscal e crimes contra a ordem tributária. Ele nega ter saído da Casa com material de deputada do PPS.

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