Nova diretora da CIA garante que não permitirá tortura de suspeitos
Haspel diz que a CIA aprendeu duras lições ao torturar em 2002
O temor de que a Agência Central de Inteligência (CIA) reinicie a prática de tortura em interrogatórios de acusados de crimes foi descartado nesta quarta-feira (9), pela nova diretora Gina Haspel, que já foi acusada de permitir os métodos ilegais, em 2002.
Gina Haspel disse que a agência aprendeu "duras lições" com a aplicação desses mecanismos. E ressaltou que as leis norte-americanas proíbem tais métodos, ao declarar que apoia o tratamento a detentos indicado pela Constituição dos Estados Unidos.
"Após servir à CIA em um momento tumultuado, eu lhes dou meu compromisso pessoal, de maneira clara e sem ressalvas, que sob o meu comando a agência não reiniciará programas de detenção e inquérito", declarou Gina Haspel.
A decisão foi tomada após uma polêmica envolvendo a diretora acusada de autorizar procedimentos como afogamento simulado em supostos membros da Al Qaeda em 2002. Atitide que motivou sua convocação para prestar depoimento.
As mudanças na cúpula do governo de Donald Trump levaram Gina Haspel a se tornar a primeira mulher na chefia da CIA. Ela foi nomeada pelo presidente dos Estados Unidos, após Trump demitir seu então secretário de Estado, Rex Tillerson, e indicar o diretor da CIA na época, Mike Pompeo, para substituí-lo.
Haspel chegou a afirmar que abriria mão da direção da CIA, se os casos ocorridos em 2002 prejudicassem a agência. Mas obteve o aval e a defesa pública de Donald Trump, diante das acusações de tortura. (Com informações da ANSA)