Mais de 100 mil demissões

Nível de emprego na indústria paulista é o pior desde 2009

Resultado de julho teve 106,5 mil vagas a menos que mesmo mês de 2013

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São Paulo – A queda de 0,6% no nível de emprego da indústria paulista no período de janeiro a julho – ante igual intervalo do ano passado – divulgada no início da tarde desta quinta-feira, 14, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), é o pior resultado para o período desde 2009, quando o indicador registrou retração de 2,03%.

Para Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, a situação ainda deve se agravar, superando a marca de 100 mil postos de trabalho fechados neste ano. “Se você comparar com 2009, começava-se a viver no segundo semestre uma perspectiva de recuperação e nós não a vemos em 2014. Portanto, o panorama de emprego durante 2014 ainda vai se acentuar para pior”, explicou.

Na soma de 2012 e 2013 a indústria fechou 88 mil postos de trabalho. Com o desempenho deste ano, a situação representa uma “calamidade”, disse Francini.

Para o diretor da Fiesp, as perdas registradas neste ano também não devem ser compensadas em 2015, como aconteceu em 2010. Na época, a indústria recuperou a perda de 112 mil postos de trabalho em 2009 com a criação de 115 mil empregos no ano seguinte. Neste ano, na comparação de julho com o mesmo mês de 2013, foram contabilizadas 106,5 mil demissões, sendo que no acumulado de 2014 foram fechados 15,5 mil postos de trabalho até o momento.

A Fiesp destacou, em nota, o maior número de demissões na indústria de máquinas e equipamentos, com 2.127 vagas fechadas em julho. Na sequência, aparece como destaque negativo as 1.904 demissões no setor de produtos alimentícios. (Fernando Ladeira/Agência Estado)

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