Processo em Nova York

Negado pedido da Petrobras para adiar julgamento

Para juiz, réus não provaram que teriam 'danos' sem o adiamento

acessibilidade:

O juiz federal norte-americano Jed Rakoff negou pedido da Petrobras e de outros réus para adiar o julgamento dos processos que correm contra a companhia em Nova York. Com a decisão, a data prevista para o dia 19 de setembro foi mantida. As ações contra a estatal foram movidas por fundos de investimentos que se sentiram lesadas após a descoberta do petrolão.

O adiamento foi solicitado na semana passada até que a Corte de recursos dos Estados Unidos julgue o recurso da empresa contra a decisão de Rakoff, em fevereiro, de permitir que os investidores processem a empresa como uma classe, a chamada "certificação de classe".

A possibilidade de processar a empresa como uma classe faz, no caso do pagamento de uma indenização pela companhia, que os valores envolvidos sejam muito maiores, pois todos os aplicadores em papéis da empresa nos EUA fazem parte da ação.

A Petrobras recorreu ao "Segundo Circuito", o tribunal de apelações dos EUA, contra a decisão de Rakoff, e no último dia 15 os juízes aceitaram o pedido de recurso da estatal, que agora vai ser julgado. Uma resposta deve sair até o dia 26 de setembro, ou seja, depois de o julgamento ter começado.

Em resposta ao pedido, o juiz norte-americano argumenta que os réus não conseguiram mostrar que teriam "danos irreparáveis" na ausência de um adiamento do julgamento. O juiz ressalta o ponto levantado pelos advogados dos fundos, que o julgamento será de 28 processos, dos quais apenas um é a ação coletiva.

Reportar Erro