Lava Jato

‘Não fui operadora do sr. Dirceu’, afirma Zaida Sisson

PF reconheceu repasses de R$ 364 mil da empresa de petista

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Zaida Sisson de Castro, mulher do ex-ministro da Agricultura do Peru, Rodolfo Beltrán Bravo (governo Alan García), informou nesta quarta-feira, 5, que jamais recebeu pagamentos ilícitos da JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) – preso segunda-feira, 3, na Operação Pixuleco, 17.º capítulo da Lava Jato.

A Polícia Federal afirma, em relatório da Pixuleco, que Zaida Sisson foi destinatária de valores remetidos pela JD por meio de 20 transferências bancárias entre 16 de janeiro de 2009 e 16 de novembro de 2011, totalizando R$ 364.398,00. Zaida anota que prestou efetivamente serviços de consultoria para a JD no Peru. Iniciou um trabalho conjunto em 2008, dado seu conhecimento com o mercado peruano. “Apresentei meus serviços para identificar possibilidades para empresas do Brasil no Peru, principalmente na área de infraestrutura’. O vínculo com a empresa do ex-ministro preso terminou em setembro de 2011, destaca.

Zaida é taxativa. “Não é certo como mencionam alguns meios que fui o braço direito ou operadora do sr. Dirceu em Peru. Meu rol foi sempre laboral e de orientação com o devido cumprimento e ética.”

“Rechaço categoricamente haver recebido pelas consultorias neste período comissão ou pagamento com algum proposito ilícito”, ela afirma. “Meus honorários foram em torno de R$ 15 mil durante 35 meses devidamente justificados e declarados ante as autoridades tributárias de ambos países.”

Zaida Sisson também informa que a Polícia Federal não vasculhou seu endereço em São Paulo – a PF pediu e a Justiça Federal autorizou buscas em um apartamento na Rua Amaral Gurgel, região central da cidade. (AE)

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