Ciclo de palestras

Na PGR, movimento faz debate sobre liberação dos jogos de azar

Há dois projetos tramitando no Congresso para liberar a jogatina

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O Movimento Brasil Sem Azar, em parceria com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Ministério Público Federal (MPF), vai realizar nesta quinta-feira (6), na sede da PGR, um ciclo de palestras sobre a jogatina e a liberação dos jogos de azar no Brasil. Atualmente há dois projetos de lei que tramitam na Câmara (PL 442/91) e no Senado (PLS 186/2014) que querem colocar a ideia em prática, mas os textos dividem opinião.

Os temas das palestras serão: Cartas na mesa – do sonho à realidade, com Suely Sales Guimarães, doutora em psicologia pela Universidade de Kansas, ex-pesquisadora da UnB; A jogatina e a falácia dos ganhos para o estado, com Ricardo Gazel, doutor em economia pela Universidade de Illinois; e Legalização beneficiará organizações criminosas, com Peterson de Paula Pereira, procurador da República e secretário de relações institucionais da PGR.

Intitulado de "Legalizar a jogatina é solução para o país?", o ciclo de palestras também tem apoio da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip). Quem participar do debate vai receber certificado assinado pelo procurador Peterson.

Segundo o autor do projeto que tramita no Senado, Ciro Nogueira (PP-PI), é incoerente deixar na ilegalidade para o jogo do bicho e, ao mesmo tempo, permitir e regulamentar as modalidades de loteria federal existentes. Segundo ele, as apostas clandestinas movimentam mais de R$ 18 bilhões por ano.

O pensamento, no entanto, não tem apoio. O senador Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB, é totalmente contra a ideia. "Acredito que a instalação de cassinos é um instrumento de desenvolvimento regional. Na medida em que você libera para todo o território nacional você desperdiça uma chance de levar para regiões mais remotas do Brasil, onde as indústrias não se instalam, onde o comércio não tem força, e vai concentrar o dinheiro mais uma vez nas faixas litorâneas, nas grandes cidades", explicou ao Diário do Poder.

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