Negócios com o 'rei Arthur'

MPF faz nova acusação contra Cabral por propina de US$ 10,4 milhões

'Rei Arthur', foragido, pagou propina para receber benefícios

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O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro fe uma nova denúncia criminal à Justiça contra o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, por supostamente receber uma propina de US$ 10,4 milhões. A denúncia é do dia 8 de outubro.

Além de Cabral, preso desde novembro de 2016 na Operação Lava Jato, a Procuradoria da República acusa nesta nova denúncia o empresário foragido Arthur Cesar de Meneses Soares Filho, conhecido como "Rei Arthur"; um ex-assessor de Cabral, Carlos Emanuel de Carvalho Miranda; o doleiro Renato Shebar; o ex-secretário de Saúde do Rio Sérgio Côrtes; além de Eliane Cavalcante, Enrico Machado e Leonardo Aranha.

"Rei Arthur" é acusado de pagar US$ 10 milhões a Cabral para receber benefícios do ex-governador em contratos de sua empresa. Ele também já era acusado de intermediar a compra de votos da Rio-2016.

Segundo o Ministério Público Federal, Côrtes também teria recebido pagamentos de propina do "Rei Arthur" em troca de benefícios para suas empresas na área da Saúde por meio de pagamento de despesas pessoais no valor de R$ 148 mil.

Ainda segundo o MPF, a evolução de Arthur Cesar de Menezes pulou de R$ 16 milhões em 2006 para R$ 156 milhões em 2007, quando Cabral assume o Governo. Em 2015, os valores já chegavam a R$ 238 milhões. O órgão vincula o aumento aos vários contratos firmados com o Estado na gestão de Cabral.

De acordo com a procuradoria da república, os esquemas chefiados por Sérgio Cabral chegaram à arrecadação de R$ 100 milhões em propinas, distribuídas por meio de contas em paraísos fiscais.

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