Números ainda altos

Mortes no trânsito têm maior queda no Brasil em 16 anos

Apesar da queda, números inda são altos: 40,5 mil vítimas em 2013

acessibilidade:

Segundo dados preliminares do SUS (Sistema Único de Saúde), as mortes em acidentes de trânsito caíram 10% em todo o país no ano passado. Foram 40,5 mil vítimas em 2013, ante 44,8 mil no ano anterior. A redução interrompe uma sequência de três anos de aumento da violência no trânsito. E representa também a queda mais expressiva desde 1998, quando as mortes diminuíram em 13%.

A estatística coincide com o primeiro ano de vigência da Lei Seca mais rigorosa, que dobrou o valor das multas. Também passaram a ser aceitos novos meios de provar a ingestão de álcool, além do bafômetro, e a classificação do crime de trânsito por dirigir embriagado ficou menos rígida.

Itens de segurança como airbag e freio ABS, que se tornaram mais comuns -em 2013 passaram a ser obrigatórios em 60% dos carros produzidos-, também podem ter ajudado na diminuição.

Apesar da redução, o trânsito ainda é muito violento no Brasil. São 20 mortes por 100 mil habitantes, ante uma média de 8 nos países desenvolvidos. Mesmo nações em situação econômica mais semelhante, como Argentina e Rússia, têm dados melhores.

Os números reduziram, mas o Brasil ainda tem a obrigação de fazer mais nessa área. Em 2011 o país assinou resolução da ONU para reduzir as mortes pela metade até 2020, na chamada Década de Ação pelo Trânsito Seguro.

Segundo dados do SUS, os motociclistas representam as principais vítimas do trânsito, com quase um terço das mortes. Em uma década, enquanto as mortes de ocupantes de carro subiram 32%, as de moto saltaram 130%.

Reportar Erro