Obituário

Morte de Álvaro Lins consterna os amigos, em Brasília

Expert em eleições morre aos 67 após transplante de fígado

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Álvaro Lins.Provocou consternação em Brasília a morte do especialista em eleições Álvaro Lins, neste domingo (27), em Brasília. Antigo militante de esquerda, ele foi perseguido pelo regime militar e até preso, mas depois caiu da clandestinidade e somente reapareceria em 1981, com a Lei de Anistia. Faleceu aos 67 anos no Hospital de Brasília, após complicações de um transplante de fígado.

Álvaro Lins se especializou em eleições e seu primeiro grande trabalho foi desenvolvido na campanha presidencial de Fernando Collor, em 1989, onde implantou o serviço pioneiro de informatização e até de telemarketing, ajudando a espalhar a mensagem do candidato. A partir de então, participou de diversas campanhas eleitorais, em estados e municípios em todo o País.

O ativismo político de Álvaro começou ainda na adolescência, quando era aluno do Cien, Centro Integrado de Ensino Médio, pioneiro, implantado pela Universidade de Brasília, cujos alunos eram submetido a uma grade curricular rigorosa, preparando-os para a vida universitária. No Cien, de onde acabaria expulso, Álvaro Lins estudou com o próprio Collor e figuras que, como o ex-presidente, acabariam optando pela política, como o ex-vice-governador Paulo Octávio e o ex-senador Luiz Estêvão.

em Brasil Foi ativista contra o regime militar, participando de importantes eventos e

"Quis o destino que Álvaro partisse junto com Fidel Castro. Estive reunido com Álvaro no último dia 4, onde conversamos sobre a situação política do DF e perspectivas para o processo eleitoral de 2018. Uma grande perda”, lamentou Toninho do Psol, em mensagem nas redes sociais.  

Na clandestinidade, Álvaro viveu em São Paulo e Rio de Janeiro, até 1981, com nome falso, trabalhando em fábricas e fugindo da polícia.

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