Morre em Brasília advogado de Renan, citado na Lava Jato
Pelos menos quatro citados na Lava Jato já faleceram
O advogado Paulo Roberto Baeta Neves, um dos citados nos inquéritos da Operação Lava Jato que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), morreu na noite de ontem (1º), em Brasília. Baeta estava internado na UTI há duas semanas e tinha 78 anos. O sepultamento foi no Cemitério Campo da Esperança, no Distrito Federal.
Paulo Baeta era investigado em um dos inquéritos da Lava Jato que tramita no Supremo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele advogou para o presidente do Senado no escândalo envolvendo o pagamento de pensão alimentícia a uma filha do senador fora do casamento. Investigadores suspeitam que um repasse de R$ 5,7 milhões para o escritório do advogado podem ter sido o pagamento de honorários advocatícios.
No ano passado, o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da operação no STF, determinou a quebra do sigilo bancário de Renan e de Baeta para apurar um pagamento de R$ 5,7 milhões para o escritório do advogado. O valor foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em depoimento de delação premiada.
Nas investigações da Lava Jato, pelos menos quatro citados faleceram. O ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), o ex-deputado federal José Janene (PP-PR), além de Baeta.