Cenário tenebroso

Moody’s chega ao Brasil e expectativa é rebaixar o País

Agência é a única que ainda mantém grau de investimento do Brasil

acessibilidade:

A agência de classificação de risco Moody’s, única que ainda mantém o grau de investimento do Brasil, chegou ao País nesta terça-feira, 2, para uma nova avaliação do cenário brasileiro.

A expectativa não é das melhores, após a piora das contas públicas e de outros indicadores da economia brasileira. A avaliação é de integrantes do próprio governo, que destacam ainda que o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, terá o desafio de lidar com a desconfiança das agências em relação aos rumos que ele dará à condução da política econômica.

Depois do rombo de R$ 115 bilhões das contas públicas na semana passada, as agências Standard & Poor’s e Fitch, além da própria Moody’s já manifestaram preocupação com a incapacidade de o governo federal cortar gastos num ambiente onde a receita “não aparece”.

Essa é primeira visita de representantes de uma grande agência de classificação de risco com Barbosa à frente do Ministério da Fazenda. No Ministério Planejamento, o ministro chegou a minimizar a impacto da perda do grau de investimento pela S&P, destacando que se tratava “apenas de uma avaliação” de uma agência importante. Essa postura foi bastante criticada pelo seu antecessor no cargo, Joaquim Levy.

Para a agência, Barbosa é considerado uma espécie de “contrapeso” do ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, que queria uma acomodação fiscal mais rápida. Por isso, a desconfiança agora. “Ele vai ter de lidar com essa desconfiança”, comentou uma fonte da equipe econômica. 

No início de dezembro do ano passado, a Moody’s pôs a nota de crédito soberano do Brasil em revisão para um possível rebaixamento. A atual nota do país é Baa3, o último nível dentro do grau de investimento. Segundo a agência, na época, as complicações no cenário político pioram a tendência de crescimento da dívida do País. Menos de uma semana depois, a Fitch retirou o grau de investimento seguindo os passos da S&P. Com informações da Agência Estado.

Reportar Erro