Crise penitenciária

Ministro não sabe o que diz sobre crise no sistema penitenciário

Ministro poderia ter enviado agentes penitenciários a Roraima

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A cada entrevista que concede, o ministro Alexandre de Moraes (Justiça) parece não saber o que diz, e se especializa em descarregar bobagens diante das câmeras de televisão confiante na desinformação dos repórteres destacados para entrevistá-lo.

Nesta sexta-feira (6), ao comentar à mprte e esquetejamento de 31 presos em Roraima, Moraes poderia ter disponibilizado a Roraima os agentes penitenciarios federais de que dispõe, os melhores do País, quando o governo daquele Estado pediu ajuda, em 11 de novembro passado.

O ministro respondeu ao pedido de socorro de Roraima, em novembro, afirmando que não tinha como ajudar, mas agora diz que o governo do Estado não havia formalizado pedido. As declarações do ministro responsável pelas políticas de segurança pública demonstram que ele está perdido e seu gabinete completamente desorganizado.

Afirmações e recuos
Após afirmar que o Estado de Roraima não havia pedido ajuda do governo federal para controlar as rebeliões nos presídios estaduais, o ministro da Justiça recurou e admitiu que foi procurado pela governadora Suely Campos para tratar do assunto.

Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que Moraes teve uma audiência com a governadora no dia 11 de novembro, e foi informado de que ela encaminharia ofícios solicitando o envio da Força Nacional para cuidar da "administração do sistema prisional".

O ministro, porém, disse à governadora que a Força Nacional não poderia atuar dentro dos presídios, somente se houvesse a "necessidade de auxiliar em eventual rebelião ou conter eventos subsequentes que gerem insegurança pública".

No ofício enviado ao ministro em novembro e que veio à público nesta sexta, a governadora de Roraima, porém, pede explicitamente "apoio" do governo federal "em virtude das proporções dos últimos acontecimentos do Sistema Prisional do Estado de Roraima".

O ministro, que iria a Boa Vista acompanhar a situação após o massacre que deixou 31 mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, cancelou a viagem. Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que a própria governadora havia afirmado que a situação estava sob controle e que não precisava de ajuda do governo federal neste momento.

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