Devassa no Trabalho

Após ladragem da sua turma, ministro suspende repasses a convênios por 30 dias

Ministro suspende convênios após PF flagrar ladroagem do seu partido

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O ministro Manoel Dias (Trabalho) anunciou neste sábado (14) que suspenderá por 30 dias os repasses de recursos do seu ministério para convênios da pasta. A decisão foi tomada após a revelação de um esquema de corrupção envolvendo sua própria equipe de assessores, a começar pelo secretário-executivo, Paulo Pinto, espécie de “vice-ministro”, que foi conduzido “coercitivamente”, sob vara, para depor na Polícia Federal.

Todos os investigados ocupavam basicamente os mesmos cargos durante a gestão de Carlos Lupi, presidente do PDT, que caiu após uma avalanche de denúncias de corrupção. Os suspeitos haviam sido afastado pelo sucessor de Lupi, Brizola Neto, e renomeados quando este foi substituído no cargo pelo atual ministro, Manoel Dias. Lupi é o chefão, e preside o PDT; Manoel Dias, o “Maneco”, como secretário-geral, semopre foi o braço operacional do seu líder.

O prazo foi definido para que não sejam realizados novos repasses até ser concluída a checagem da situação de cada convênio cadastrado na pasta. Os dados oficiais apontam a existência de 408 convênios ativos, que somam investimentos de R$ 836,7 milhões ? sendo R$ 658,3 milhões referentes a convênios firmados com estados e R$ 178,4 milhões diretamente com entidades privadas sem fins lucrativos ou universidades.

O pente-fino nos convênios do Ministério do Trabalho foi determinado após a deflagração da Operação Esopo pela Polícia Federal (PF), que resultou na prisão de 22 pessoas e na queda do secretário executivo Paulo Roberto Pinto e do secretário de Políticas Públicas de Emprego, Sérgio Vidigal, ambos do PDT. A ação da PF desarticulou um esquema de desvio de dinheiro público centrado no Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), com sede em Minas Gerais e atuação em doze estados.

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