Mercosul convoca reunião emergencial para discutir situação na Venezuela
Bloco vai analisar possíveis 'vias de solução' para a crise
A Argentina, que ocupa a presidência rotativa do Mercosul, convocou os chanceleres do bloco regional para uma reunião de emergência neste sábado, 1º, para discutir a “grave situação institucional” da Venezuela e "analisar possíveis vias de solução" para a crise.
"Os países fundadores do Mercosul reiteram seu inalterável apoio aos princípios fundamentais do Estado de Direito e a preservação da democracia na região latino-americana", diz o comunicado. Fazem parte do Mercosul, além da Argentina, o Brasil, Uruguai e Paraguai.
A Venezuela era um membro-pleno do Mercosul até dezembro, quando teve seus direitos suspensos por não cumprir os compromissos assumidos ao se tornar sócia do bloco.
Vários países manifestaram preocupação com a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) de assumir as funções do Parlamento, onde a oposição é maioria. O alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, pediu nesta sexta que a Justiça venezuelana reconsidere essa decisão.
Na tarde de ontem, 30, o governo brasileiro classificou de "claro rompimento da ordem constitucional" a sentença do TSJ. A nota do Itamaraty diz ainda que o pleno respeito à independência entre Poderes é "elemento essencial à democracia" e que as decisões da Justiça venezuelana "violam esse princípio e alimentam a radicalização política no país".