Só com orgulho

Meirelles: sociedade precisa retomar a confiança

Ex-presidente do BC disse ser essa a receita para voltar a crescer

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Tido como o próximo ministro da Fazenda, em eventual futuro governo de Michel Temer, o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, está convencido de que para sanear a situação financeira e reverter o processo de declínio econômico do Brasil é preciso que a sociedade retome a confiança em si mesma.

O impulso da confiança será motor indispensável para que o Brasil retome a trilha do crescimento, saindo da anomia em que tem vivido nos últimos anos. Só dessa maneira os consumidores voltarão a consumir, os produtores a produzir, as empresas a contratar e os bancos a emprestar. Essa é a receita para que possamos voltar a crescer, modificando a trajetória de crescimento da dívida pública.

No receituário de Meirelles sobra bom senso econômico: a fixação de um teto para a expansão dos gastos públicos; reformas estruturais serão também fundamentais, em particular a da Previdência; manutenção das concessões em infraestrutura. Há outros pepinos que precisam ser equacionados, entre os quais a dívida dos Estados.

Meirelles considerou que as medidas anunciadas no último domingo pela Presidente da República, como o reajuste do Bolsa Família e a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, podem dificultar a trajetória de queda da dívida pública. Polidamente, disse que tudo isso vai ter de devidamente medido.

Mais direto, o senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, cotado para ser ministro do Planejamento num eventual governo Temer,  chamou o governo de Dilma de irresponsável por anunciar medidas destinadas a ainda mais desestruturar as contas públicas. "O governo perdeu o parâmetro de qualquer conta e está executando despesas numa tentativa de desequilíbrio do orçamento público", disse Jucá.

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