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Manifestantes pedem liberdade para último preso desde 7 de setembro no Rio

A polícia o acusa de portar explosivos, mas era sinalizador, diz a mulher

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Amigos e parentes de Wallace Vieira Santos, que está preso desde sábado (7), fizeram na noite de hoje (9) uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pela libertação do estudante. De um total de 65 pessoas detidas nas manifestações ocorridas no Dia da Independência, ele é o único que permanece detido.

Estudante bolsista do Programa Universidade para Todos (ProUni) e aluno de psicologia na Universidade Veiga de Almeida, Wallace foi acusado pela polícia de portar um explosivo. A mulher dele, Letícia Monteiro, disse que a família está muito abalada com a prisão de Wallace. Ela negou que o marido estivesse em posse de qualquer armamento e disse que o único objeto que ele carregava era um sinalizador do tipo usado pelas torcidas em partidas de futebol.

?Eu não durmo desde sábado. Estava viajando quando me disseram que ele havia sido preso. Me desesperei e vim o mais rápido que pude. Ele está muito abatido, pois é aluno bolsista e se preocupa que isso vá prejudicar os estudos na faculdade?, relatou.

Letícia teme que o marido possa sofrer violência dentro da prisão, pois estaria detido, segundo ela, com criminosos de alta periculosidade. ?Ele está em Bangu 9, junto com pessoas perigosas. Ele nunca mexeu com arma. Estava só com um sinalizador de fumaça. Esta prisão é ilegal?, opinou.

Também presente ao ato em frente ao TJRJ, o estudante Vinícius Santos, primo de Wallace, negou que ele pertencesse ao grupo que se utiliza da tática conhecida como black bloc: ?Ele não tem vinculação com a tática black bloc. É apenas um estudante universitário?. Segundo Vinícius, a Justiça negou a concessão de habeas corpus para libertar Wallace.

A manifestação também pediu a libertação de três jovens presos na quarta-feira passada (4) em uma operação da Polícia Civil. Administradores da página Black Bloc RJ na internet, os jovens foram acusados de formação de quadrilha armada e incitação à violência e tiveram os computadores pessoais recolhidos.

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