Má gestão da PF permitiu fuga de Pizzolatto, diz federação de policiais

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) se pronunciou nesta segunda-feira (25) sobre a denúncia de que a entidade teria facilitado a fuga do mensaleiro e ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolatto. Segundo a Fenapef, diversas fraudes ocorrem no embarque e desembarque do aeroporto internacional de Guarulhos, devido às vulnerabilidades causadas pela má gestão da Polícia Federal em São Paulo. ?Apesar das recorrentes reclamações do Tribunal de Contas da União, há anos a fiscalização do tráfego internacional em São Paulo não é realizada somente por policiais federais?, acusou a entidade.

A Fenapef garante que o registro de saída de Pizzolatto divulgado pela imprensa não é assinado por servidor da Polícia Federal, mas por uma funcionária de empresa particular que tem acesso ao sistema. ?A PF em São Paulo subcontrata dezenas de funcionários terceirizados que exercem irregularmente atividades de natureza policial?, acusou. ?E mais, no Aeroporto de Guarulhos, a senha de acesso em nome da funcionária terceirizada, citada no documento, é compartilhada por dezenas de outros funcionários também terceirizados, com formação ignorada, substituídos em períodos de 2 a 3 meses, devido às péssimas condições de trabalho e baixos salários?, completou.

A Fenapef afirma ainda que os riscos de fraudes no embarque e desembarque são enormes, pois as vulnerabilidades existem há anos e ?parecem ser ignoradas pela gestão da PF em São Paulo?. Segundo a federação, o acesso dos funcionários terceirizados ao sistema da PF não consegue extinguir as falhas, já que eles são orientados a evitar filas e burlam o controle de tráfego aéreo para isso ? deixando que pessoas foragidas deixem o pais, como foi o caso de Pizzolatto.