Livre da ditadura de Maduro, brasileiro diz que não atua em política
Diniz foi preso no dia 27 de dezembro pelo governo do ditador Nicolás Maduro
Após dez dias, o filantropo Jonatan Moisés Diniz, 31 anos, foi expulso pelo governo ditador de Nicolás Maduro, da Venezuela no último sábado (6).
Por meio de seu perfil no Facebook, Diniz falou um pouco da sua experiência detido no país. “Venezuela caso complicado de explicar… meus sentimentos e experiências pelos e com os venezuelanos e a atual situação do país daria mais que um livro certamente”.
O catarinense contou que conheceu a Venezuela em 2016, e desde então participou de vários projetos de voluntariado em filantropia. “Semanas depois, por destino, acabei me apaixonando por uma venezuelana qual não tenho intenção alguma de colocá-la em todas essas notícias como eu também não tenho intenção alguma e nunca tive de pessoalmente sair em qualquer tipo de mídia ou me aproveitar dessa situação para algo pessoal ou fama (ou se quer havia imaginado à proporção que uma prisão se tornaria)”.
Jonatan afirma que não se envolve com política, "não me envolvo em nenhum desses teatros criados por pessoas ocultas para fazermos acreditar que existe democracia. Eu não sou lado A nem lado B…"
O filantropo relatou que apesar de ter presenciado diversos protestos nunca tocou em uma arma. “Quando eu não chorava pela notícia de mais um jovem assassinado que batalhava por liberdade e por um país melhor, eu chorava por ver crianças de 5, 6 anos prepararem bombas molotov no meio da avenida para se prepararem para os confrontos, enquanto eu via adultos de 20, 30, 40, 50, 60, 70 anos olharem a situação e não fazerem MERDA NENHUMA para afastar aquelas crianças do perigo, e pior, se eu tentava falar para as crianças não fazerem isso ainda sofria ameaças”.
De acordo com a agência oficial de notícias da Venezuela, o brasileiro era acusado de manter atividades desestabilizadoras contra o governo de Maduro. O número dois do chavismo, Diosdado Cabello, acusou o brasileiro de usar uma ONG, Time to Change the Eart, como fachada para financiar opositores a ditadura.
Entenda
Diniz foi preso no dia 27 de dezembro com mais três pessoas pelo governo do ditador Nicolás Maduro. O catarinense e mais três venezuelanos fazem parte da organização não governamental Time to Change the Earth. Para o regime ditatorial de Maduro, a ONG seria uma “organização criminosa com tentáculos internacionais”, que distribuiria alimentos e bens a moradores de rua com o objetivo de obter recursos em moeda nacional com vistas a promover ações contra o governo.