Lindbergh pediu 'doação' de R$ 4,6 milhões em 2008 e 2010, revela delator
VEJA O VÍDEO: lindbergh queria R$4,6 milhões, levou R$3,8 milhões
Conhecido na Odebrecht pelos codinomes “Lindinho” ou “Feio”, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) é a estrela do Termo de Colaboração 53 do ex-executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior.
Segundo o delator, no primeiro semestre de 2008 se encontrou pessoalmente com Lindbergh, ainda pré-candidato à reeleição como prefeito de Nova Iguaçu (RJ). Nessa reunião, Lindinho pediu R$ 600 mil para a sua campanha, que foi concedido pela Odebrecht.
BJ contou que em troca do dinheiro, a Odebrecht conseguiu que uma obra no município governado pelo petista fosse “juntada em um só lote”, o que enxerga como benefício direto para a empreiteira.
Em 2010 a cifra mudou. Então candidato ao Senado, Lindbergh pediu R$ 4 milhões da Odebrecht para sua campanha. Benedicto esclarece que a Odebrecht só conseguiu realizar R$ 3,2 milhões. Tudo em “Caixa 2”. Para a nova empreitada eleitoral, o “Feio” contratou os serviços de Duda Mendonça e sua empresa, que foi por onde pagamentos da empreiteira foram realizados.
Para comprovar as acusações, Benedicto apresentou os dados do sistema do departamento de propinas da Odebrecht, chamado de “Operações Estruturadas”, que contém endereços, nomes, instruções de entregas de pagamentos que chegaram a R$ 750 mil de uma só vez. O ex-executivo também apresentou troca de e-mails e até o registro de entrada do senador petista na sede da Odebrecht em Botafogo, no Rio de Janeiro.