Liderada por brasileiro, OMC fecha acordo histórico de US$ 1 trilhão

O acordo fechado pelos 159 representantes dos membros da Organização Mundial do Comércio, em Bali, na Indonésia, é a primeira grande vitória do brasileiro Roberto Azevêdo, que assumiu o comando da organização em setembro passado. A última vez que todos os países concordaram em um mesmo pacto comercial global foi em 1995, para criar a própria OMC. Desta vez, os estados membros concordaram em desbloquear a série de negociações chamada de Rodada de Doha, iniciadas em 2001, mas que não andavam desde 2008, quando a organização ainda era comandada pelo francês Pascal Lamy.

O acordo fechado neste sábado visa tornar mais ágil o comércio internacional nas áreas de agricultura e desenvolvimento, além de desbloquear as negociações, e tem o potencial de adicionar US$ 1 trilhão ao comércio entre os países. “Pela primeira vez em sua história, a OMC cumpriu com suas promessas”, disse o DG.  “Voltamos a introduzir a palavra ‘mundial’ na Organização Mundial do Comércio. Estou muito orgulhoso”, emendou antes de uma pausa para conter a emoção. Azevêdo agradeceu o empenho de todos os representantes, que passaram os últimos quatro dias em intensas negociações, além de sua mulher, a embaixadora Maria Nazareth Farani de Azevêdo, ex-representante do Brasil nas Nações Unidas e na Organização Mundial da Saúde.

Repercussão

A repercussão do acordo foi mundial, a Câmara de Comércio dos Estados Unidos, o Ministério do Desenvolvimento de lá, divulgou  nota onde diz que a “OMC re-estabeleceu sua credibilidade como um fórum indispensável para negociações comerciais. E isso não é uma vitória apenas no papel: agilizar a passagem de bens e mercadoria pelas fronteiras pela anulação da ‘fita vermelha’ e burocracia pode catapultar a economia mundial”.

O ministro indiano do Comércio, Anand Sharma, classificou o acordo como “uma vitória para a OMC e para a comunidade global”, que chegou a uma “decisão madura”. “Estamos mais que felizes. É um grande dia. É um dia histórico”.

Veja abaixo a repercussão mundial do acordo da OMC:

RTP, Portugal