Líder da marcha das mulheres negras diz que conflito foi racismo
Membros do acampamento acusam a marcha de destruir suas barracas
Ao contrário das confusões recorrentes em inúmeros protestos, uma das organizadoras da Marcha das Mulheres Negras viu o conflito com os integrantes do acampamento pró-impeachment em frente ao Congresso como um ato de racismo. Segundo Iêda Leal, que é secretária de combate ao racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), os integrantes da Marcha foram atacados sem razão alguma ao passarem pelo acampamento. "Nós chamamos isso de racismo", disse.
Pouco depois, Iêda e outras mulheres foram recebidas pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, mas, segundo a militante, não tocaram no assunto, pois essa não era a pauta de reivindicações. "Houve um momento de tumulto, não estamos dizendo que não houve, mas essa não é prioridade da nossa vinda" explicou. Os membros do acampamento acusam integrantes da marcha de destruírem barracas e o boneco inflável gigante do general Antonio Hamilton Martins Mourão.