Lava Jato

Lava Jato prende doleiro e faz buscas em empresas do grupo dono da Friboi

Além de Funaro, nova fase da Lava Jato mira o grupo J&F

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O doleiro Lucio Funaro, ligado ao deputado Eduardo Cunha, é avo de mandado de prisão na nova fase da Lava Jato, batizada de Operação Sptcis, deflagrada nesta sexta-feira (1º), que também cumpre mandados de busca e apreensão expedidos elo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, nas empresas do grupo J&F, controladora da JBS Friboi. São cumpridos mandados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e no Distrito Federal.

A PF cumpriu mandados de busca na residência de Joesley Baptista, acionista e presidente da J&F Investimentos, e nas empresas Eldorado, seu braço de celulose, e a Cone Multimodal. 

Esta fase da Lava Jato é consequência da delação premiada de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, durante o governo Dilma Rousseff, que também é ligado a Cunha. Sua delação revelou maracutaias no FI-FGTS, fundo de investimento que dispõe de R$30 bilhões em carteira e conhecido como "mini-BNDES".

Também é alvo desta fase da Lava Jato, no âmbito do STF, Milton Lyra, empresário ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros e em cuja residência a PF cumpriu mandados de busca e apreensão.

Em inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Cunha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sustenta que aliados do presidente da Câmara apresentaram mais de 30 requerimentos de convocação, solicitação de documentos e pedidos de auditorias em diversas comissões da Câmara, inclusive na CPI da Petrobras, para pressionar o grupo empresarial Schahin e beneficiar o doleiro Lucio Funaro.

O grupo Schahin foi contratado pela empresa Cebel, Centrais Eletricas Belém, para fazer a obra da hidrelétrica. Houve um acidente: uma barragem se rompeu, provocando uma disputa judicial.

Lucio Funaro, representando a Cebel, cobrou o prejuízo da Schahin no valor de R$ 1 bilhão. E, para conseguir o pagamento, teria contado com ajuda do presidente da Câmara para pressionar a Schahin. Funaro, dizem os investigadores, pagou para Eduardo Cunha, por meio de três empresas, dois carros, no total de R$ 180 mil, em 2012.

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