Petrolão

Lava Jato chega ao presidente do Peru, que contratou marqueteiro de Dilma

Humala nega ter recebido propina e convoca embaixador brasileiro

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A força-tarefa da Polícia Federal na Operação Lava Jato apresentou provas à Justiça que indicam que até o presidente peruano Ollanta Humala Tasso foi beneficiado com dinheiro do esquema de corrupção que roubou bilhões da Petrobras. Segundo a PF, uma tabela apreendida com um dos executivos da empreiteira Odebrecht contém as iniciais OH ao lado de um valor de R$ 4,8 milhões. Para a PF, é uma referência a Humala.

Se a hipótese for confirmada, Humala teria recebido propina do grupo Odebrecht para agilizar a burocracia e conceder obras para a empreiteira brasileira no Peru. Humala também contratou o marqueteiro de Dilma e Lula, João Santana, preso na 23ª fase da Operação Lava Jato, para a campanha que venceu em 2011.

O presidente peruano rejeitou a hipótese apresentada pela polícia brasileira e até convocou o embaixador brasileiro em Lima, capital peruana, para “expressar a rejeição das alegações e exigir informações oficiais em relação às acusações”. A Odebrecht Peru também nega que tenha subornado ou pago qualquer propina a autoridades peruanas. Só uma das obras da Odebrecht Peru, o Gasoduto do Sul, rendeu US$ 7,3 bilhões ao grupo. A Odebrecht no Brasil se recusou a comentar o caso.

As acusações se dão no dia em que autoridades suíças realizaram a primeira prisão internacional oriunda das investigações da Operação Lava Jato.

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