Durante entrevista

Kakay se emociona ao ser informado da prisão domiciliar de Paulo Maluf

Advogado de Maluf soube da ordem de Toffoli dando entrevista

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Apesar da sua larga experiência, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay) não pôde conter a emoção quando o jornalista Pedro Campos, da rádio Bandeirantes, interrompeu uma entrevista que ele concedida ao programa "bastidores do poder" para informar que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), acabara de conceder prisão domiciliar humanitária ao deputado Paulo Maluf (PP-SP), desde dezembro na Papuda. Kakay se emocionou, embargando a voz, até parou de falar. Momentos depois, murmurou encabulado: "Sou um advogado das antigas, me emociono".

Durante o programa, o criminalista havia defendido enfaticamente a concessão do benefício a Maluf, que, doente e aos 86 anos, é o mais velho preso do sistema penitenciário de Brasília. O advogado resumiu os problemas de saúde do seu cliente: ele sofre problemas cardiovasculares, tratava de um câncer quando passou a cumprir sua pena por ordem do ministro Edson Fachin, está ficando cego do segundo olho e tem grandes dificuldades de locomover-se.

Participavam da entrevista, além de Campos, os jornalistas Thays Freitas e Cláudio Humberto, que o apresenta de Brasília. Kakay chegou a lembrar, durante a entrevista, que como a maioria dos jovens do seu tempo foi para as ruas protestar contra Maluf, mas, como advogado, avaliou que cabia a defesa técnica do deputado, à qual vem se dedicando na fase final do seu processo.

Maluf foi condenado há vinte anos pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e, segundo Kakay, nunca mais foi acusado de envolver-se em qualquer irregularidade, tampouco respondeu a inquéritos ou foi personagem de escândalos de corrupção como Mensalão e Lava Jato.

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